terça-feira, maio 10, 2011

Campanha de vacinação termina nesta sexta-feira em Curitiba

Faltam pouco mais de três dias para o encerramento da campanha nacional de vacinação contra a gripe que, em Curitiba, já conseguiu imunizar 160.327 pessoas ou 64% da população alvo – idosos, bebês de 6 meses a 2 anos incompletos e gestantes. A vacinação segue até esta sexta-feira (13) em todas as unidades básicas e de Saúde da Família, nos horários normais de funcionamento de cada uma. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% da população de cada grupo, mas o esforço da Secretaria Municipal da Saúde visa aos 100% de cobertura.

“A intenção é que todas as pessoas convocadas para se vacinar atendam ao chamado e se protejam. A vacina é segura e bastante eficiente para todos os segmentos e em especial para as gestantes. Além de se protegerem da gripe, elas estarão garantindo imunidade para os seus bebês contra a doença nos primeiros meses de vida”, observa a secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas.

Acompanhamento diário feito pelo Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde mostra que, até o final da manhã dessa terça-feira (10), haviam comparecido aos locais de vacinação 127.503 idosos, 22.891 bebês de 6 meses a 2 anos incompletos e 9.810 gestantes em todas as etapas da gravidez. Isso significa 66,5% de cobertura entre as pessoas a partir de 60 anos, 60,2% entre as crianças e 47,8% das gestantes.

Alvo

Idosos, gestantes e bebês na faixa etária indicada devem tomar a dose independente de serem cardíacos, asmáticos, portadores de doenças crônicas (como diabete, hipertensão arterial, insuficiência renal ou hepática) ou, ainda, de terem HIV/Aids ou estarem sob outras situações associadas a baixa imunidade.

A vacina também é indicada para os idosos, gestantes e bebês na faixa etária indicada que tiverem doenças neurológicas e crônico-degenerativas (como Parkinson, Alzheimer e vítimas de acidente vascular cerebral ou derrame e demência, entre outras).

A diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Karin Luhm, lembra que a única exceção é quem tem alergia grave à proteína do ovo ou a dose anterior da vacina. “Mas isso é muito raro e informado pelos médicos que as acompanham”, observa.

Proteção

Karin lembra que a vacina é segura, geralmente bem tolerada pelo público e muito eficiente. “Algumas pessoas podem ter gripe depois de vacinadas, mas ela garantirá proteção para a grande maioria”, explica.

Outra vantagem é que a dose raramente desencadeia reações. Quando acontecem, são manifestações leves que desaparecem no máximo em 48 horas. “Os benefícios da vacina são incomparavelmente superiores”, frisa a médica, referindo-se ao inchaço, vermelhidão e dor que podem aparecer em algumas pessoas, na região onde for aplicada a vacina.

A vacina

O imunizante é injetável e aplicado no braço (caso dos adultos) ou na perna (crianças). Ela é resultado da combinação de três cepas de vírus causadores de gripe e que circulam atualmente no Brasil – Influenza B, Influenza A / H3N2 e A / H1N1. Esse último é o vírus da gripe que se tornou pandemia em 2009 e motivou a campanha realizada no Brasil em 2010. Os vírus que constituem a vacina são inativados (mortos e fracionados) e, por isso, não podem causar gripe.

A dose começa a produzir efeito – a imunização do organismo – de dez a quinze dias depois da aplicação. Daí a importância de as campanhas de vacinação acontecerem antes da chegada da estação fria, que costumam concentrar os casos de doenças do aparelho respiratório.

Ela precisa ser aplicada uma só vez nos idosos e nas gestantes e dividida em duas meias doses para os bebês, que deverão retornar às unidades de saúde para completar o esquema vacinal trinta dias depois. Assim, o bebê que tomar a vacina nessa quarta-feira, 11 de maio, deverá retornar em 11 de junho para completar o esquema vacinal. O procedimento garante maior eficácia da vacina nessa faixa etária, em que o sistema imunológico precisa ser estimulado.

Via O estado do Paraná

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